Em dia
benfazejo,
condoeu-se o
vento
com a
situação do céu
e do mar.
Tão próximos
e tão distantes
um do outro,
pois de permeio
estava
sempre ele, o vento,
barrando uma
aproximação,
talvez um
irreprimível desejo
de um contato
mais íntimo,
quiçá, uma
ligação amorosa
entre ambos.
E o vento
não perdeu tempo,
soprou o mar
e o céu,
e
empurrou-os para os braços
um do outro
e o esperado aconteceu:
foi tal a
intensidade do encontro,
que o mar
subiu ao céu,
tendo este
ficado submerso,
não se distinguindo
um do outro.
Nesse mesmo
dia ficaram noivos,
e todos os
dias, sem falta,
quem olhar
para o horizonte,
não
diferencia o mar do céu,
porque se
amam de tal modo
ao ponto de
se tornarem um só!
E deste
casamento resultaram
os peixes do
mar, incluindo
os golfinhos
e os peixes voadores,
que andam
sempre a saltitar,
todos os
dias sem falta,
para darem um
beijo ao pai e à mãe
e que hoje
vão dar mil beijos à mãe,
por ser o Dia
da Mãe.
Jorge C. Chora
5/5/2024
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