Faz-nos bem abraçar.
Não o poder fazer
causa-nos dor,
faz-nos bem-mal.
O descaso do outro,
forçado e defendido,
o abraço proibido,
o único aprovado
e publicitado,
consentido e endeusado,
faz-nos, afinal,
sentirmo-nos bem-mal,
no nosso Portugal,
não habituado
a um mal fazer
para bem haver.
Jorge C. Chora
1/11/2020
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