Rolão cheira mal que tresanda. Como assim? perguntarão,
querendo saber com exactidão o fedor que ele exala. Não é fácil descrevê-lo
porque não há palavras que possam igualar a repugnância sentida, com o mesmo
grau de intensidade em relação à experiência olfactiva. Direi que, o odor faz lembrar
palha velha, embebida em urina e fezes de animais ou seja, o Rolão fede a
estrebaria, embora se possa encharcar em jasmim ou outra essência qualquer.
De estrebaria é também o seu comportamento. Rolão
pavoneia-se, usa o você em vez do senhor(a), gaba-se, não cessa de gabar-se do
que fez com esta e com aquela, dando pormenores sórdidos, sabe-se lá se reais
se imaginários, capazes de demolir a reputação mais sólida, sejam elas
solteiras, viúvas ou casadas. Todas sem excepção, diz, suspiram por ele, emitem
sinais de enorme interesse que ele, tal qual antena de TV, capta
antecipadamente e sabe o momento em que elas se entregarão e o modo como o
farão.
Rolão é feio como os dias de tempestade, branco que nem uma
osga, lanzudo como uma ovelha de pêlo seboso e escorrido. Dotado de umas beiças
finas que formam uma espécie de beiral das cloacas, por elas escorrem as
aleivosias e a torrente orgásmica e leitosa da maledicência, também em relação
a eles, quando jura a pés juntos e divulga, destilando velhacaria, que o gajo
é, de fonte segura, um homossexual conhecido de todos, mas só ele tem essa
informação: não diga a ninguém…
Rolão agarra-se como as lapas, não desgruda de quem lhe
interessa, esfrega o ego a quem pretende sugar alguma coisa, até ao momento em
que consegue concretizar a transfusão.
Rolão pavoneia-se, só dá as costas, mostra o rabo que julga
ser de pavão mas é, de facto, um cu de pavão sem penas.
Quantos Rolões, cus de pavão, conhece Vª Exª? Está rodeado
deles? É natural…é o que mais há!
São de facto muito, mas muito aborrecidos, e acima de tudo,
infinitamente repetitivos…e cansativos.
Sacuda-os!
Jorge C. Chora