Desejar ver
e não poder,
estar perto
e não tocar,
falar sem destapar
a boca e os lábios mostrar,
almejar beijar
e ser beijado,
estar perto e não poder tocar,
ó Senhor, foi castigar
a carne, o espírito, a vontade,
roubar o doce à criança,
tê-lo perto sem o mostrar,
sabendo-o à mão sem os poder provar.
Que tormento Senhor!
Agora, destapados os lábios,
é tempo de os apreciarmos,
com conta, peso e medida,
se pudermos, claro está!
E caso não possamos,
não percamos tempo a falar,
isso fica para depois…
JORGE C. CHORA
17/09/2021
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