Do quinto
dos infernos,
surgiram
duas calamidades:
a barbárie e
a insanidade,
tornando-se
logo aliadas.
Transformaram-se,
num ápice,
numa nova e
dominante religião,
com
sacerdotes sem escrúpulos
e muitos
vassalos incondicionais.
Os seus
dogmas são a inexistência
de leis que
não sejam por eles ditadas
e a única
liberdade é a de submissão
aos seus
ditames e o desprezo pelas ideias
dos que
ousam discordar, tendo implantado
novos
desportos em substituição dos antigos:
o tiro aos
pratos foi substituído pelo assassínio
de crianças,
mulheres e velhos, altamente apreciada,
aprovada e
louvada.
As
fronteiras, independentemente das tradicionais,
são
definidas segundo os seus interesses e a atividade
de demolição
de edifícios, escolas e hospitais,
são
exercidas com os utentes, doentes e moradores,
no seu interior, de preferência e quanto maior
o número de mortos,
mais
medalhas e louvores são atribuídos aos assassinos.
E os
sacerdotes da nova religião, ditam as leis, escolhem os juízes
e governam,
substituindo as velhas democracias, pelas triunfantes oligarquias.
E os
vassalos e seguidores da nova ordem, a tudo dizem ámen.
Jorge C.
Chora
16/1/2025