Via-te
passar e nem me olhavas.
Fixei-te o andar,
o vago olhar,
o teu leve
pisar,
o sorriso de
encantar.
O céu
tornou-se mais azul
e quanto
mais vezes por mim passavas,
mais azul o
céu se tornava,
mas quanto ao
olhares-me, nada,
era como se
passasses por vinha vindimada.
Em desespero
de causa, tentei aprender
a cantar como os pássaros apaixonados.
De tanto verem os meus esforços vãos,
resolveram
dar-me a mão
e sempre que ela passava,
uma sinfonia
canora obrigava-a a parar
e a
sentar-se a meu lado no banco,
e não tardou
que a sua cabeça se encostasse à minha
e os nossos
lábios se tocassem cada vez mais apaixonados.
Jorge C.
Chora
29/01/2025
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