Tenho os
olhos tortos,
de tanto ir
à janela
ver passar a
Alice.
Meus olhos
colam-se-lhe
ao seu
bambolear:
umas vezes
para o lado,
outros para
cima,
de cá e para
lá num eterno
desassossego.
E os meus olhos,
de tão
colados estarem,
ao seu delicioso
saracotear,
de dia para
dia mais se entortam,
por nunca
falharem, a hora de Alice passar.
Jorge C.
Chora
1/03/2025
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