A tesoura da poda em vez de cortar, triturava os ramos, mesmo os mais pequenos. A dona olhou-a e decidiu mandá-la afiar. Na primeira oportunidade dirigiu-se a uma pequena oficina que ostentava um grande cartaz publicitando o serviço pretendido.
-Bom dia. Quanto é que custa afiar uma tesoura? - e separou as mãos, tentando exemplificar o tamanho da tesoura.
-Três euros.
- Ela é assim… -e corrigiu o tamanho, juntando mais as mãos.
-O profissional olhou de novo e apreçou:
-Três euros e meio…
A senhora voltou à carga, esforçando-se por mostrar o tamanho certo do pequeno objecto. Diminuiu, com a máxima precisão, a distância entre mãos. Mal acabara de exemplificar quando um novo preço foi adiantado:
-Quatro euros…
-Mas então, quanto menor é a tesoura mais caro fica o trabalho?
O homem, com um sorriso manhoso e com uma pronúncia sibilante sentencia:
-E é para quem quer!
E a jovem senhora, junta os tacões dos seus pequenos sapatos, coloca-se em bicos dos pés, faz o gesto do Zé Povinho e atira:
- O Tanas!
Jorge C. Chora
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
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