Quando vou cirandar
gosto de ver
o mar,
os amantes a
sussurrar,
as beijocas
no ar.
Não vejo
ninguém
a cantar ou
a dançar,
ao som dos
músicos
a tocar
guitarra, pífaro,
pandeireta
ou bandolim.
Vejo os
chapéus no chão,
murchos e
sem moedas.
Aproveitar
sem dar,
é moda que
está a dar!
Lisboa é
mesmo assim,
imaginamos
em cada esquina,
amazonas
nuas a cavalgar,
ou unicórnios
a conversar,
mas
nada disso acontece.
Se lhe perguntarmos como vai,
responde
invariavelmente:
- Assim,
assim…
É preciso
ouvir Martinho da Vila:
“Canta,
canta minha gente,
deixa a
tristeza para lá,
a vida vai
melhorar…”
Jorge C. Chora
20/05/2023
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