quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

A CULPA É DO VENTO

 


Rua abaixo rua acima,

era a sua rotina diária.

Num café bebia tinto,

noutro bebia branco.

Mais acima um Martini,

no regresso uma jeropiga,

no seguinte um Favaios,

mergulhado num fino.

Chegado ao fim da rua,

 recomeçava, a peregrinação, oscilando

de um lado para o outro do passeio,

altura em que invetivava o vento:

- Maldito que não me deixas andar direito!

E quando de vez em quando se estatelava,

aí zangava-se a valer:

-Maldito tufão!

 

Jorge C. Chora

10/12/2023

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