sexta-feira, 31 de outubro de 2025

A ARROGANTE

 

Entrava fosse onde fosse,

transpirando arrogância.

Não cumprimentava ninguém

ou correspondia,

 aos cumprimentos de alguém.

Dizia trabalhar num banco,

olhando com desdém,

para todos, como zés-ninguéns.

Num belo dia, foi vista num banco,

por um dos designados zés-ninguém,

fardada de segurança.

- Afinal é segurança? – surpreendeu-se.

- Pode não acreditar, mas acordei hoje

 a acreditar que era o Halloween!

- O Halloween em meados de dezembro? -

surpreendeu-se.

A “funcionária bancária”,

nunca mais compareceu nos locais

onde se pavoneava,

como, se ser segurança fosse uma indignidade,

uma despromoção de Sr ª Dona, a vagabunda.

Jorge C. Chora

1/11/2025

 

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