O menino pediu tantas prendas que na noite em que o Pai Natal
foi a sua casa entregá-las, ficou preso na chaminé.
Os presentes não chegaram a nenhuma parte do mundo e os
meninos interrogavam-se:
-O que está a acontecer…?
- Esqueceram-se de mim?
E em todas as casas a surpresa foi a mesma.
Foi de madrugada que o menino, em cuja casa o Pai Natal
estava preso na chaminé, deu por isso, ao ouvir uns gemidos.
- Pai Natal o que fazes aí? Porque não desces?
E o Pai Natal respondeu-lhe:
-Olha… os pedidos que fizeste todo o ano foram tantos, que
os brinquedos entupiram a chaminé e poucos sobraram para os outros meninos…
-E agora?
-Se me disseres que posso dá-los, consigo empurrá-los,
libertar-me e com alguma ajuda, ainda fazê-los chegar a casa dos outros
meninos…
-Claro que sim…se precisares de ajuda é só dizeres…
-Muito obrigado, vai à rua e sopra nesta corneta, com toda a
força que tiveres… -e deixou cair uma pequena corneta metálica dourada.
Na rua, cumpriu o pedido feito. O céu encheu-se de auxiliares
do Pai Natal, uns magros e outros gordos, sendo uns muito altos e outros
baixos, vindos da mesma terra daquele que acabara de sair da sua chaminé.
E nesse Natal não houve meninos sem presentes, embora nenhum
tivesse recebido uma linda corneta metálica dourada igual à sua.
Jorge C. Chora
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