Os que proferem calinadas a um ritmo superior ao da degola
dos perus em véspera de Natal, receberiam isenção do pagamento da licença de
feira e um bónus: a autorização de utilização do selo da infalibilidade que Sua
Santidade deixou de usar, que lhes seria facultada em exclusivo.
Os amantes das asneiradas poderiam debitar todas as
atordoadas que quisessem, sem que ninguém lhes assacasse responsabilidade
alguma por aquilo que dizem. O direito a franzir o nariz perante as enormidades
proferidas, seria revogado, sendo os oradores livres de dizerem as baboseiras
que quisessem.
Reforçar a resiliência dos ouvintes e treiná-los para que em
vez de se aborrecerem se divertissem com os dislates, seriam objectivos mais do
que válidos para a realização dessas feiras/festivais, desde que as palermices
fossem só ditas e despejadas nesses dias e nesse espaço, reservado às pérolas
chochas.
Como não se espera para breve a realização de um
acontecimento deste cariz, pede-se aos que militam nestas hostes, que tenham dó
dos ouvintes e não os condenem a penar na terra, o que um dia terão
eventualmente de sofrer no inferno.
Jorge C. Chora
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