À MINHA NETA CAETANA DE DOIS ANOS E MEIO
Minha princesa dourada,
alva como uma amendoeira em flor,
tens o condão de um velho mouro derreter,
com a tua perspicácia e saber.
És uma ternura agridoce,
oscilas entre o querer e não querer,
envolta na nuvem
do bem- te- quero,
e exiges-me que não te lambuze,
que isso de beijinhos a toda a hora,
dizes tu:
tem dó, só me tiram o pó-de-arroz!
Sim, minha princesa, respondo-lhe eu,
beijando-lhe as bochechas
e tirando o pó-de-arroz
à princesa dourada,
alva como uma amendoeira em flor,
nas nuvens levitando,
de forma cúmplice e sorrateira.
Jorge C. Chora
11/10/2018
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