Tanto gritam as anafadas,
quanto as mais enfezadas
vendedoras,
rodeadas da filharada,
empoleiradas em bancas,
mergulhadas em roupas,
brincos e sapatos,
jurando serem de marcas
os produtos apregoados.
Entrecruzam berros estridentes,
com os guturais
dos companheiros,
resultado,
quiçá,
das névoas matinais,
enquanto desembrulham
cuecas e lençóis,
e atraem clientes,
ao som d’hoje “são só cinco euros”,
dos perfumes
aos casacões”.
Jorge C. Chora
16/3/19
Sem comentários:
Enviar um comentário