A namorada corria
a dedilhar a viola,
mal o sentia
subir a escada,
de modo a
ser ouvida,
já possuída
de um frenesim,
à espera do
costumeiro festim.
Ela sabia e
nunca se esquecia,
do velho
hábito do namorado:
ia contando pelos dedos,
o número de acordes que ouvia
e as
carícias que lhe daria,
ao alcançar
a sua moradia.
Recebia-o nua e preparada,
para a festa
esperada
e sabiamente
distribuída,
por cada
poro da sua amada.
E de tanto
dedilhar a sua guitarra,
ela já quase
tocava sozinha,
ao ouvi-lo
subir a escada.
Jorge C. Chora
15/7/2023
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