Sob uma
cortina de vapor d’água,
tal como num
véu, uma ninfa
todos os
dias se banha na cascata.
Sempre só,
nunca acompanhada,
oferecendo-se
a um deus amado
ou aos
viajantes pela visão bafejados,
deixando que
se dessedentem
com a água
que escorre do seu púbis.
Ela só
aparece de vez em quando, embora
todos
suspeitem que mora na cascata,
mas só
aparece a quem quer ou merece
do seu púbis
beber, o néctar que dele escorre:
as suas
propriedades são tantas ou tão poucas,
nomeadamente
a da juventude eterna,
que as
inscrições estão esgotadas para os próximos cinco anos.
Jorge C. Chora
22/10/2023
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