Nunca se
sabe se vai ou se vem,
para onde
foi ou d’onde veio,
quando anda
à toa na avenida,
procurando
alguém em seu redor,
com quem conversar,
seja homem
ou mulher, novo ou velho,
sábio ou
menos sabedor.
E eis que
vislumbra um jovem casal,
despertando-lhe
a esperança de uma boa conversa.
Sorri-lhes,
num agradecimento antecipado,
pelos
momentos ansiosamente esperados.
O seu
intento depressa vê gorado,
quando ela
lhe comunica quanto cobra
pelos seus serviços, enumerando-os de rajada.
Boquiaberto
ouve o homem dizer à mulher,
que ele está
mais interessado nele do que nela,
anunciando
quanto leva pelos seus préstimos.
Já não se
pode andar à toa na avenida,
para se
estar só sentado e desejar falar!
Jorge C. Chora
18/2/
2018
Sem comentários:
Enviar um comentário