quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

NO TEMPO DAS MÃOS DADAS


 

NO TEMPO DAS MÃOS DADAS

No tempo das mãos dadas,

sorria para a minha namorada,

com a sua cara para mim virada,

descansando na praia estendida,

espreitando, sempre que podia,

os seus belos e brancos seios,

até ela os esconder como podia,

sempre que disso se apercebia.

Deixava que a sua mão lhe beijasse

e os seus lábios ao de leve lhos tocasse

e tudo o resto, só de pensar, era demais.

Aí o tempo das mãos dadas,

e os beijos na mão ainda não passaram,

embora hoje, passadas tantas décadas,

ainda lhe espreite os seios e os possa beijar,

tudo com conta, peso e medida para não perder o desejo.

Sabida a minha eterna namorada,

ainda do tempo das mãos dadas.

          Jorge C. Chora

             14/02/2024

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