domingo, 5 de maio de 2024

O NOIVADO DO CÉU E DO MAR

 


Em dia benfazejo,

condoeu-se o vento

com a situação do céu

e do mar.

Tão próximos e tão distantes

um do outro, pois de permeio

estava sempre ele, o vento,

barrando uma aproximação,

talvez um irreprimível desejo

de um contato mais íntimo,

quiçá, uma ligação amorosa 

 entre ambos.

E o vento não perdeu tempo,

soprou o mar e o céu,

e empurrou-os para os braços

um do outro e o esperado aconteceu:

foi tal a intensidade do encontro,

que o mar subiu ao céu,

tendo este ficado submerso,

não se distinguindo um do outro.

Nesse mesmo dia ficaram noivos,

e todos os dias, sem falta,

quem olhar para o horizonte,

não diferencia o mar do céu,

porque se amam de tal modo

ao ponto de se tornarem um só!

E deste casamento resultaram

os peixes do mar, incluindo

os golfinhos e os peixes voadores,

que andam sempre a saltitar,

todos os dias sem falta,

para darem um beijo ao pai e à mãe

e que hoje vão dar mil beijos à mãe,

por ser o Dia da Mãe.

        Jorge C. Chora

           5/5/2024

 

 

 

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