As bruxinhas do século 21,
diferem das outras
dos séculos anteriores.
As deste século não voam
em vassouras, andam de carro
ou descapotável e outros meios
de transporte, como os” Ubers”
e outros que tais.
Vão todas as semanas às manicures,
têm unhas, quer das mãos quer dos pés,
decoradas de várias cores, tatuagens
e argolas no nariz e em sítios secretos.
Dizem amar o próximo, as raves e as festas
onde se usam calcinhas de renda
e soutiens de marca.
Não fedem a enxofre, mas a Chanel,
Trussardi e Bvlgari.
Sobem na escala social na horizontal
e após chegarem ao topo,
aí Jesus, que fui utilizada!
Vá de ir ao advogado,
que só de uma vez lhes cobram,
aquilo que outras toda a vida a trabalhar
e a serem abusadas e exploradas, não podem pagar.
As bruxinhas do século 21, não cheiram
a enxofre ou aos vapores dos caldeirões
fedorentos, com receitas do arco da velha,
confecionados com sapos, trapos
e outros ingredientes fedorentos,
mas a Chanel, Trussardi e Bvlgari,
Jorge C. Chora
29/10/2018
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