Os aldrabões
d’outrora,
diferiam dos
d’agora:
os antigos
roubavam tostões,
com
malabarismos charlatões,
através da vermelhinha,
cartas viciadas,
carteiristas
e artigos contrafeitos, com exceção
do artista- mor,
Alves dos Reis.
Sujeitavam-se
a levar umas chanfalhadas,
irem parar
ao calabouço ou levar umas bofetadas.
Os d’ hoje,
desviam biliões,
impingindo e
transferindo ações,
enganando e surripiando
proprietários aos milhões.
Num abrir e
fechar d’olhos,
entram-nos
nas contas e deixam-nas
limpinhas,
como se lá nunca tivesse
sequer
existido um euro.
Passam
despercebidos,
ninguém sabe
quem são,
andem ou não
na alta roda,
em Portugal
ou no estrangeiro.
Se acaso são
apanhados é difícil
serem condenados,
tantos são
os advogados,
que é mais
natural serem castigados,
os que
ficaram sem nada,
do que os
que com tudo ficaram.
Jorge C. Chora
20/10/2024
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