domingo, 6 de outubro de 2024

QUE TRISTEZA

 

O mundo onde se promoveu a fixação de refugiados judeus de origem europeia, que foram perseguidos por motivos espúrios e durante séculos na Europa, desfez deles de uma só vez: colocou-os num território alheio, sem o consentimento dos seus habitantes, criando no mundo árabe uma animosidade duradoura.

Os refugiados judeus, muitos perfilhando as ideias sionistas, com base em visões messiânicas e com alegações de caracter histórico- religioso, tiveram desde o princípio o objetivo de se apossarem das terras e reconstituirem um Estado Judaico tal como o que existira há muitos séculos. De acordo com as suas crenças, a Terra prometida

era e é promessa bíblica que tem de ser cumprida custe o que custar.

Ao longo de décadas, tudo fizeram para ocuparem terras, promovendo e praticando inúmeras ações, confiscos, proibições de regresso às terras perdidas pelos árabes e vilanias sem fim até conseguirem o reconhecimento de um Estado Judaico: Israel.

E os árabes, conseguiram no seu próprio território, ver reconhecido um Estado Palestiniano Independente?

A luta pelos seus territórios e pela defesa dos seus direitos, prolonga-se há muito. As guerras perdidas atestam essa vontade.

Para quando o reconhecimento desse direito?

A luta dos palestinianos tem-se revestido de algumas formas violentas, porque teve milhões de antecedentes. Quem os quiser conhecer, poderá ler um livro acessível e rigoroso, de um historiador inglês, Michael Scott- Baumann, intitulado “A MAIS BREVE HISTÓRIA DE ISRAEL E DA PALESTINA”, da editora “ideias de ler”.

O genocídio em curso praticado pelo governo de Israel sobre o povo palestiniano, alvo de críticas da O. N.U. e de quase todo o mundo, não só deve parar imediatamente, como deve seguir-se a criação de um Estado Palestiniano Independente”, reconstruído e apoiado económica e humanamente pelo mundo inteiro.

 

São muitos os israelitas que não pactuam com as atrocidades ordenadas pelo seu governo e que desejam a paz e um convívio são com os seus vizinhos.

Claro que esse desejo é um pouco utópico pois, não há palestiniano a quem não tenham assassinado os filhos ou as mulheres ou de algum membro da família chegada, para além das torturas e prisões arbitrárias de miúdos e jovens mulheres durante décadas.

Só para terminar, uma questão. Imaginem que os Árabes, alegando direitos históricos de terem cá estado durante séculos e nos terem ensinado imensa coisa, se arrogavam o direito de ocuparem a Península Ibérica e aqui formarem um Estado muçulmano.

Não faltariam portugueses(as), espanhóis(as), que não pegassem em armas, sachos, machados, fisgas, pedras, fundas, seixos da praia

 ou tudo que estivesse à mão, para os correrem daqui para fora,

de preferência, no próprio dia! Entre eles, estaria eu, mesmo com a pouca valia física que agora tenho.

Jorge C. Chora

5/10/2024

 

 

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