O mundo onde
se promoveu a fixação de refugiados judeus de origem europeia, que foram
perseguidos por motivos espúrios e durante séculos na Europa, desfez deles de uma
só vez: colocou-os num território alheio, sem o consentimento dos seus
habitantes, criando no mundo árabe uma animosidade duradoura.
Os refugiados
judeus, muitos perfilhando as ideias sionistas, com base em visões messiânicas e
com alegações de caracter histórico- religioso, tiveram desde o princípio o objetivo
de se apossarem das terras e reconstituirem um Estado Judaico tal como o que
existira há muitos séculos. De acordo com as suas crenças, a Terra prometida
era e é promessa
bíblica que tem de ser cumprida custe o que custar.
Ao longo de
décadas, tudo fizeram para ocuparem terras, promovendo e praticando inúmeras ações,
confiscos, proibições de regresso às terras perdidas pelos árabes e vilanias
sem fim até conseguirem o reconhecimento de um Estado Judaico: Israel.
E os árabes,
conseguiram no seu próprio território, ver reconhecido um Estado Palestiniano Independente?
A luta pelos
seus territórios e pela defesa dos seus direitos, prolonga-se há muito. As
guerras perdidas atestam essa vontade.
Para quando
o reconhecimento desse direito?
A luta dos
palestinianos tem-se revestido de algumas formas violentas, porque teve milhões
de antecedentes. Quem os quiser conhecer, poderá ler um livro acessível e
rigoroso, de um historiador inglês, Michael Scott- Baumann, intitulado “A MAIS
BREVE HISTÓRIA DE ISRAEL E DA PALESTINA”, da editora “ideias de ler”.
O genocídio
em curso praticado pelo governo de Israel sobre o povo palestiniano, alvo de
críticas da O. N.U. e de quase todo o mundo, não só deve parar imediatamente,
como deve seguir-se a criação de um Estado Palestiniano Independente”, reconstruído
e apoiado económica e humanamente pelo mundo inteiro.
São muitos
os israelitas que não pactuam com as atrocidades ordenadas pelo seu governo e
que desejam a paz e um convívio são com os seus vizinhos.
Claro que
esse desejo é um pouco utópico pois, não há palestiniano a quem não tenham
assassinado os filhos ou as mulheres ou de algum membro da família chegada,
para além das torturas e prisões arbitrárias de miúdos e jovens mulheres
durante décadas.
Só para
terminar, uma questão. Imaginem que os Árabes, alegando direitos históricos de
terem cá estado durante séculos e nos terem ensinado imensa coisa, se arrogavam
o direito de ocuparem a Península Ibérica e aqui formarem um Estado muçulmano.
Não
faltariam portugueses(as), espanhóis(as), que não pegassem em armas, sachos,
machados, fisgas, pedras, fundas, seixos da praia
ou tudo que estivesse à mão, para os correrem
daqui para fora,
de
preferência, no próprio dia! Entre eles, estaria eu, mesmo com a pouca valia física
que agora tenho.
Jorge C.
Chora
5/10/2024
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