Neste dia,
vá ao pipo,
beba branco ou
tinto,
traga a
malga,
divirta-se
com a malta
e não se
esqueça:
evite andar
aos esses,
pois entorna
o vinho,
quer branco
quer tinto,
derruba as
castanhas
e ainda
parte a malga!
Jorge C. Chora
11/11/2024
Neste dia,
vá ao pipo,
beba branco ou
tinto,
traga a
malga,
divirta-se
com a malta
e não se
esqueça:
evite andar
aos esses,
pois entorna
o vinho,
quer branco
quer tinto,
derruba as
castanhas
e ainda
parte a malga!
Jorge C. Chora
11/11/2024
Linguarudas
e mandonas,
mandam e
desmandam,
fingindo ser
mandadas.
Povoam-nos
as cabeças, ´
quer de dia
quer de noite
e só não
conseguem
o que não
querem.
Nunca
reconhecem
terem o que
querem.
A sua doçura
ao falar,
o seu
peculiar rebolar,
o perfume
que costumam espalhar,
a sua arte
de seduzir e sussurrar,
tudo nelas é
mistério e nos atrai,
sem sequer
precisarem de falar,
para cairmos
como moscas na teia,
mas por
vontade nossa, convencem-nos elas,
como se
fossemos nós, a algo decidir e a conquistar.
Não vivemos
sem elas e seus ardis e que bom é ser assim,
no reino das
mulheres empoderadas,
passando-se
por fracas e mandadas!
Jorge C. Chora
9/11/2024
João “Minorca”,
media metro e meio,
razão pelo
qual tinha essa alcunha,
mas mais
trinta centímetros impunha,
acima do seu
metro e meio,
a todas as namoradas
que tivera e à que tinha.
Espantavam-se
os amigos com esta obsessão,
até que um
dia, uma mulher mais atrevida,
exatamente com
um metro e oitenta,
lhe perguntou
a razão dessa opção.
- Minha
querida, a resposta está em si.
- Em mim?
-Sim e se a
quiser, basta-lhe dar-me um abraço apertado.
E o abraço
aconteceu, tendo o Minorca ficado colocado,
segundo as
suas palavras, às portas do paraíso desejado.
Jorge
C. Chora
8/11/2024
DA ALEGRIA À TRISTEZA
A alegria de milhões,
todos emigrantes
ou deles descendentes,
festejando a expulsão
d’outros que não a deles,
como parte da alquimia,
de um programa que tudo
promete a quem pouco tem,
retirando direitos a quem os tem,
nomeadamente às mulheres.
Oxalá a tristeza de muitos milhões d’hoje,
não se torne na
tristeza dos que agora festejam
a expulsão d’outros que não a deles.
Jorge C. Chora
7/11/2024
Olhando para o piripiri,
até a cabeça
sacudiu,
antecipando
o arrepio,
do
crescimento do seu sucuri.
Tanto, mas
tanto comeu
e o efeito
que pretendeu,
puramente
desapareceu.
Toda a noite
correu para a pia,
até a sua caminha borrou,
e o sucuri,
coitado, mirrou,
com o
maldito piripiri!
Jorge C.
Chora
5/11/2024
Quem a sua boca beija,
outra julga
não querer,
a sua, é
puro amor,
as outras um
devaneio.
Ambos os
lábios são vermelhos,
de comum,
talvez o sabor a amoras,
quiçá seja
legítimo concluir,
ser a
mistura do amor com as amoras,
uma fusão do
céu com o paraíso,
sendo grave
crime separar os dois.
Jorge C. Chora
3/11/2023