De seus
lábios,
nascem pérolas,
disfarçadas
de palavras,
logo
acolhidas, embaladas
e pelo vento
espalhadas.
Quem as
ouve, encanta-se,
são cristalinas
e fazem sentido,
até vermos
os próprios lábios a pronunciá-las.
A sua sensualidade
transtorna-nos,
as palavras metamorfoseiam-se
em meros sons, melódicos, mas secundários.
Desejos incontroláveis
de os beijar
e tornar a beijar,
sobrepõem-se
a qualquer outro,
tornam-se um
imperativo imediato e eterno:
Afrodite e
Atenas nunca se tinham tornado numa só.
Jorge C. Chora
16/11/2024
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