sábado, 1 de fevereiro de 2025

O ESPETÁCULO DA GAIVOTA

 

Vejo no telhado em frente

à minha janela, uma gaivota

gingando, quase desfilando,

como numa passerelle.

De vez em quando pára e olha-me.

Vira-me o rabo, espeta-o para o céu,

olha-me por cima do ombro

e só não juro que me pisca o olho,

por não ter a certeza de ser só um trejeito.

Acho graça, mas não aplaudo.

Erro meu, ignorei a vaidade da artista!

Agora, olha-me quase com desdém,

que eu percebo e aceito, por não lhe ter batido palmas,

nem ter sabido apreciar e louvar o ego da artista, algo

inaceitável para qualquer atriz que se preze!

                       Jorge C. Chora

                           1/02/2o25

Sem comentários:

Enviar um comentário