terça-feira, 6 de outubro de 2015

CULTURA E PENÚRIA/O ARQUIVO DISTRITAL DE FARO



 Fui ao arquivo distrital de Faro na companhia da minha mulher e, logo à entrada, surpreendemo-nos  ao ver uma enorme escadaria com trinta e três degraus e um patamar a meio.

Após termos vencido o inesperado Gólgota, fomos atendidos por duas simpáticas funcionárias, uma da recepção e a outra da sala de leitura.

O material pedido foi entregue sem demora e procurámos uma mesa que tivesse um candeeiro para nos sentarmos.

Havia nove  mesas com candeeiros mas, surpresa das surpresas, quatro não tinham lâmpadas e uma, embora a tivesse, não funcionava. Restavam quatro mesas, mas uma não contava, porque estava ocupada e aí sim, conseguíamos ter três a funcionar com lâmpadas que acendiam !

Desconheço o preço das lâmpadas, mas será que a penúria dos serviços públicos é tal que não conseguem repor esse material ? Foram esses serviços, uma vez que se trata de cultura, condenados ao esquecimento ?

É certo que a cultura, pelo menos em Portugal, costuma andar de braço dado com a penúria, e há muito que está divorciada da riqueza, mas assim deste modo é um bocado de mais.
Que se faça luz, o mais depressa possível, no Arquivo Distrital de Faro!


Jorge C. Chora

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