Fui ao arquivo distrital de Faro na companhia da minha
mulher e, logo à entrada, surpreendemo-nos ao ver uma enorme escadaria com trinta e três
degraus e um patamar a meio.
Após termos vencido o inesperado Gólgota, fomos atendidos
por duas simpáticas funcionárias, uma da recepção e a outra da sala de leitura.
O material pedido foi entregue sem demora e procurámos uma
mesa que tivesse um candeeiro para nos sentarmos.
Havia nove mesas com candeeiros
mas, surpresa das surpresas, quatro não tinham lâmpadas e uma, embora a
tivesse, não funcionava. Restavam quatro mesas, mas uma não contava, porque estava
ocupada e aí sim, conseguíamos ter três a funcionar com lâmpadas que acendiam !
Desconheço o preço das lâmpadas, mas será que a penúria dos
serviços públicos é tal que não conseguem repor esse material ? Foram esses
serviços, uma vez que se trata de cultura, condenados ao esquecimento ?
É certo que a cultura, pelo menos em Portugal, costuma andar
de braço dado com a penúria, e há muito que está divorciada da riqueza, mas
assim deste modo é um bocado de mais.
Que se faça luz, o mais depressa possível, no Arquivo
Distrital de Faro!
Jorge C. Chora
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