Quando a dor é grande
e não há palavras
ou elas não saem,
surgem “ais” em vez delas.
E se um “ai “é dor,
mais forte do que ela
são os “ais” em cadeia,
expressão de dor
para a qual não há palavras
ou elas se recusam a sair.
Já diferente é o “aiar”
do malandro,
vício do profissional
do queixume e do calote,
do ai eu isto, ai eu aquilo,
como estou triste
e ninguém me liga,
não há malvado
a pagar-me um copo,
o que vai ser mim,
ai eu... ai eu... ai eu….
Jorge C. Chora
22/05/2021
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