Se não
houvesse fados,
morreríamos
engasgados,
na Betesga
sufocados
por não
contarmos
as petas e
as verdades
de um país
de encantos
recantos e
desencantos.
Se não
houvesse fados,
a quem
confessaríamos
os amores
sonhados
e não
correspondidos?
mas tão, tão
sentidos,
como os
conseguidos
e só ao Tejo
confessados
e nas vielas
às ocultas vividos.
Oh! se não
houvesse fados,
quem ouviria
os fracassos,
as alegrias
e tristezas,
falsas ou
verdadeiras,
à beira de
um jarro de vinho
e um pedaço
de pão,
em silêncio
e plena devoção.
Jorge C. Chora
8/04/2022
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