Há alguns anos, um pescador contratado para substituir um colega na faina piscatória para as bandas do Alasca, teve de deslocar-se sem a companhia de nenhum colega.
O
profissional em questão, não falava nem inglês, nem francês e em relação ao
português, com alguma atenção por parte dos ouvintes, entendia-se o que queria.
Ao chegar a
Anchorage, ia morto de fome. Entrou num restaurante e quando o empregado lhe
perguntou o que queria, não esteve com meias medidas: abriu os braços e pôs-se
a cacarejar:
-Cócórócó… e
levantava os braços.
O empregado
não teve dúvida nenhuma: trouxe-lhe um frango.
Já com a
comida na sua frente, levantou o polegar e fez o gesto de querer beber. O
empregado coçou a cabeça. Mas que bebida quereria o cliente?
Abriu as
mãos e afastou os braços, como que a perguntar qual a espécie de bebida
quereria. O português, de imediato, antes que lhe trouxessem água ou outra
bebida esquisita, voltou a levar o polegar à boca e balanceou-se para a
esquerda e para a direita.
-Wine?
-questionou o empregado.
Esta
palavra, não era a primeira vez que ouvia e sabia ser exatamente o que queria.
Levantou os dois polegares e de imediato lhe trouxeram uma garrafa de vinho.
Para pagar,
também não precisou de ser versado em línguas. Na palma da mão fingiu rabiscar
e trouxeram-lhe a conta.
Não sei se a
história é verdadeira ou um simples mito do desenrascanço nacional, mas não me
custa nada a acreditar pois se algum de nós estivesse na Rússia atual (Livra!)
e quisesse comer, não tenho qualquer dúvida que nos safaríamos assim!
Jorge C.
Chora
10/11/2022
Sem comentários:
Enviar um comentário