sexta-feira, 15 de setembro de 2023

OS PRURIDOS PORTUENSES OU O PAÍS ÀS AVESSAS


Na cidade do Porto, pátria da defesa das liberdades, nasceu um grupo iluminado, que quer mandar às urtigas a bela estátua de Camilo, da autoria de Francisco Simões. O motivo alegado não colhe e é, na minha opinião, insensato, e indigno de tão ilustres munícipes.

Concordaria se a mulher nua, representativa da Mulher na obra de Camilo, segundo o seu autor, tivesse uma das nádegas maior do que a outra, fosse enorme e disforme, não honrasse o bom gosto de Camilo.

Em Lisboa, no cimo do parque Eduardo VII, com a melhor vista da cidade na minha opinião, João Cutileiro, homenageou a Revolução de Abril, com um enorme símbolo fálico, simbolizando o vigor da mesma.

É de bom tom, um intercâmbio cultural entre as duas capitais. Para Lisboa viria a estátua de Camilo, que estou certo, deliciaria os lisboetas e para o Porto o símbolo fálico, que consideram o São Car(v)alho o pai da humanidade e o invocam com a maior candura e devoção, a propósito de tudo e de nada.

Nada me move contra o Porto, cidade que adoro e era a terra do meu avô materno, sendo o meu outro avô do Alentejo onde pontifica o São Cabrão, que também lá não é asneira nenhuma.

Fica a sugestão e perdoem-me ter-me permitido ir contra a opinião de tão sábios grupos iluminados, embora despóticos.

Peço antecipadamente desculpas pela minha ousadia.

Jorge C. Chora

15/9/2023

  

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