O homem nada possuía:
de seu, só
ar e vento,
a rua e o
relento.
O dinheiro
de uma vida,
comera-lhe o
banco,
num mau
investimento,
em ações que
nada valiam,
sem o seu
consentimento.
Num simples
piscar d’olhos,
passou de senhor,
a senhor de nada,
tratado por
um simples psst, ó tu!
Forçado a
estender a mão à caridade,
dizia
obrigado, a quem lhe desse ou não um tostão,
mas o que
mais ouvia,
era o que ele outrora dizia,
a quem na
rua pedia:
Vai
trabalhar malandro!
Jorge C. Chora
7/12/2023
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