Quando o
viam,
nunca
sabiam,
se estava de
chegada
ou de partida.
Trabalhava
onde
mais
trabalho existia,
fosse em que
país fosse,
comendo o
que havia,
das batatas
às lentilhas.
Com a idade
estabilizou,
ganhou
dinheiro e cidadania
no país onde
se fixou,
e até votou.
Um dia
regressou a Portugal,
rico e
tratado como doutor,
sem nunca o
ter sido,
pois nem
sequer o rabo,
em nenhuma
universidade sentou.
A primeira
coisa que disse,
esquecido de
ter sido emigrante,
e ter comido
o pão que
o diabo
amassou, foi:
- Fora com
os imigrantes!
Jorge C. Chora
16/1/2024
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