Na fatia de pão
colocou atum, maionese, azeitonas verdes intercaladas com pretas e duas fatias de presunto tipo pata
negra. Parou e observou. Decorou o prato com uns arabescos de chutney de manga
e continuou a empilhar.
Quando se cansou do que estava a fazer, foi ao jardim e trouxe
duas bonitas flores comestíveis: uma begónia e uma capuchinha . Lavou-as bem e
colocou-as no topo da torre de Babel.
O seu ajudante, esmerou-se a pôr a mesa, a escolher um vinho
adequado, quando reparou que o seu” chef” após tirar o avental, se dirigiu ao
bengaleiro e começou a vestir o seu casaco.
-Ó” chef”, não vamos comer?
-Claro!
-Mas está a preparar-se para sair…
-Sim, sim…vamos sair - e acabou de se arranjar - enquanto o
fotógrafo da equipa captava imagens de vários ângulos da “Torre de Babel”.
-Mas, afinal, se está tudo pronto, a mesa posta, o vinho
aberto… -espantou-se o ajudante.
-Não há mas nem meio mas…Vamos comer ao restaurante.
Quando o empregado de mesa lhes perguntou se já sabiam o que
iam comer, a resposta não se fez esperar:
-Duas sandes de atum, com uma folha de alface simples e
aquele vinho branco que costumam ter…bem fresco, por favor.
E como não há missa sem sacristão:
-E isso bem depressa! – ordenou o ajudante.
Jorge C. Chora
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