segunda-feira, 3 de junho de 2013

O pitéu

Na  fatia de pão colocou  atum,  maionese, azeitonas verdes intercaladas com  pretas e duas fatias de presunto tipo pata negra. Parou e observou. Decorou o prato com uns arabescos de chutney de manga e continuou a empilhar.

Quando se cansou do que estava a fazer, foi ao jardim e trouxe duas bonitas flores comestíveis: uma begónia e uma capuchinha . Lavou-as bem e colocou-as no topo da torre de Babel.

O seu ajudante, esmerou-se a pôr a mesa, a escolher um vinho adequado, quando reparou que o seu” chef” após tirar o avental, se dirigiu ao bengaleiro e começou a vestir o seu casaco.

-Ó” chef”, não vamos comer?

-Claro!

-Mas está a preparar-se para sair…

-Sim, sim…vamos sair - e acabou de se arranjar - enquanto o fotógrafo da equipa captava imagens de vários ângulos da “Torre de Babel”.

-Mas, afinal, se está tudo pronto, a mesa posta, o vinho aberto… -espantou-se o ajudante.
-Não há mas nem meio mas…Vamos comer ao restaurante.

Quando o empregado de mesa lhes perguntou se já sabiam o que iam comer, a resposta não se fez esperar:

-Duas sandes de atum, com uma folha de alface simples e aquele vinho branco que costumam ter…bem fresco, por favor.

E como não há missa sem sacristão:

-E isso bem depressa! – ordenou o ajudante.


Jorge C. Chora

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