sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O" MAMMA MIA"



Gabava-se de que Salomão ao pé de si, era um simples principiante, pois só teria mil mulheres, 700 das quais eram esposas e só trezentas concubinas. As legítimas não contavam, eram só esposas e isso, a seu ver, tirava-lhe a emoção, o sal da relação, o sabor do proibido, o adorado paladar do pecado.

Chamavam-lhe o “Zé das Mil”, tantas eram as mulheres que, no mínimo, reivindicava como tendo sido suas, acrescentando pormenores como se de troféus se tratassem, principalmente quando elas tinham maridos.

Um belo dia teve um encontro com um” bruto” que o viu a adejar, feito bailarina, junto da sua amada. Esta não se queixou, limitando-se a mostrar o seu desagrado, perante as estafadas e pouco nobres manobras do Zé das Mil.

E foi a partir daí que o antigo Zé se transformou em “Mamma Mia”, tal o apertão que levou, advinha-se onde e com que força. Mas o mais surpreendente para os” amigos”, é que ele passou a adorar” brutos”, mas desses não lhes gaba as façanhas, nem deles nem as suas.

 Limita-se agora a ser o ”Mamma Mia”, gosta de sê-lo e ninguém tem nada a ver com isso. E de facto não tem.

Jorge C. Chora



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