Gabava-se de que Salomão ao pé de si, era um simples
principiante, pois só teria mil mulheres, 700 das quais eram esposas e só
trezentas concubinas. As legítimas não contavam, eram só esposas e isso, a seu
ver, tirava-lhe a emoção, o sal da relação, o sabor do proibido, o adorado
paladar do pecado.
Chamavam-lhe o “Zé das Mil”, tantas eram as mulheres que, no
mínimo, reivindicava como tendo sido suas, acrescentando pormenores como se de
troféus se tratassem, principalmente quando elas tinham maridos.
Um belo dia teve um encontro com um” bruto” que o viu a
adejar, feito bailarina, junto da sua amada. Esta não se queixou, limitando-se
a mostrar o seu desagrado, perante as estafadas e pouco nobres manobras do Zé
das Mil.
E foi a partir daí que o antigo Zé se transformou em “Mamma
Mia”, tal o apertão que levou, advinha-se onde e com que força. Mas o mais
surpreendente para os” amigos”, é que ele passou a adorar” brutos”, mas desses
não lhes gaba as façanhas, nem deles nem as suas.
Limita-se agora a ser
o ”Mamma Mia”, gosta de sê-lo e ninguém tem nada a ver com isso. E de facto não
tem.
Jorge C. Chora
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