quarta-feira, 29 de abril de 2020

O BARCO E O VENTO


Andou o barco,
de vento em popa,
singrando mundos
por esse mundo.
O vento mudou
 e o barco parou.
Quando ele voltar a soprar,
já dos males expurgado,
receio não ver as velas enfunar,
tão rotas elas se estão a tornar.
Ó triste destino de um povo de marinheiros,
agora dos ventos favoráveis desfasado,
logo quando tudo corria de feição.
Ó vento, obedece de novo
a este povo que te soube
aproveitar e controlar,
ir em frente e dominar-te,
e a quem outrora
respeitaste e temeste;
dá-lhe tempo de remendar as velas
e sopra então, com quanta força tiveres
e o velho barco partirá,
para outra viagem de circum-navegação.

    Jorge C. Chora
       29/4/2020

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