quarta-feira, 9 de março de 2022

DESCRENÇA


Julgo avistar-te,

em toda a parte,

como toda a gente

pensa ver quem gosta,

mas infelizmente nunca és tu.

Se alguma vez

te chegar a ver

no meio da multidão,

rir-te-ás,

e por me julgares a delirar,

dar-me-ás o braço

como se oferece a alguém,

esquecido do caminho de regresso

ao lar, donde saiu.

 

      Jorge C. Chora

         9/03/2022

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