Contou-me o meu vizinho e amigo alentejano, o sr. Camacho, uma história passada em Ferreira do Alentejo, já após o 25 da Abril, que vos vou transmitir. Ouvi-a encostado a um balcão de um café na Amadora, onde ambos residimos, a um ror de anos.
Havia em Ferreira
do Alentejo, um engenheiro chamado Mariano Feio, proprietário do Monte do Outeiro,
localizado entre Ferreira e Canhestros, que era um benemérito.
Propôs-se oferecer
à terra, um crematório totalmente financiado por si.
Planos para
aqui e para acolá, autorizações e delongas próprias e o tempo a passar. O eng. não
desistiu do projeto e até conseguiu ver o crematório pronto.
O que o
benemérito não esperava, era ser o primeiro a estrear a obra, já que,
provavelmente, dispensaria de bom grado essa distinção, mas foi ele de facto o
primeiro a ser lá cremado.
- Aproveitou
a obra! – concluiu, filosoficamente, o meu amigo alentejano.
Jorge C.
Chora
22/1/2023
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