Ninguém sabe
onde moram,
ou de onde
são,
aparecem
quando querem,
cantam
quando lhe apetece,
e não quando
lhes pedem.
Não desvendaram
o seu segredo,
mesmo ao
andarem aos esses,
de braço
dado e cabeça à roda,
amparando-se
um ao outro,
pelas vielas
onde circulam.
Chamam-nos de
Mário e Maria
e ninguém
sabe onde dormem.
Dormem enroscados um
ao outro,
debaixo de uma romãzeira,
num jardim
abandonado.
Perfumam-se com alecrim e bochecham
com chá de
flor de anis.
Só souberam
quem eram,
quando um
novo músico os identificou,
como os antigos
dono de seis casas de fado
e sem nada
ficaram, devido à covid
e o amor ao
vinho, mas nunca se deixaram,
e assumiram
os nomes de Mário e Maria.
Jorge C Chora
10/8/2025

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