Está por vir o dia em que Judas não faça um juramento. A
propósito de tudo e de nada, o homem jura, rejura, trejura…
São inúmeras as pessoas que passam a vida a jurar. Não é por
aqui que o gato vai às filhós. A particularidade dos juramentos à judas é bem
outra e há quem diga, originalíssima. Ele jura pela saúde dos filhos, não dos
dele mas à saúde dos filhos dos outros! Dos amigos, dos familiares dos amigos e
por aí fora.
Quando se irritam com ele e lhe perguntam a razão porque não
jura em seu nome próprio, sorri e diz:
-Comprometer a minha palavra? Nunca!
-Então as tuas juras não valem nada?
-Claro que valem. Valem o que valem! Dependem da palavra das
pessoas que eu comprometi nas juras. Se eles querem cumprir cumprem, senão não
cumprem!
E conclui com um ar sereno:
-Eu cá não me comprometo…
-Mas Juras!
-Ó, isso sempre!
Jorge C. Chora
24/6/2020
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