Nascida numa viela,
sem eira nem beira,
ali vai ela, zaragateira,
batendo o pé,
e cantado ao vento
as suas tristezas e alegrias.
Eis a Nela, fadista e arruaceira,
à maneira e ao jeito d'outrora,
a quem não escutam
por andar a chinelar,
pois o fado deixou
de ser coisa de gente
sem eira nem beira,
para ser de fina gente.
Jorge C. Chora
4/6/2020
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