Ao ritmo de uma valsa,
trauteia o vento,
a compasso, uma
canção,
em dia de boa disposição.
Em movimentos suaves,
empurra João para os braços
de Inês, pois sabe-o incapaz
de semelhante ousadia.
Inês aproveita a ajuda
e não o deixa escapar:
aperta-o em seus braços
e deixa-se resvalar,
obrigando-o a segurá-la
para logo depois o beijar.
E o vento, alcoviteiro-mor,
deixa de soprar e só trauteia,
muito baixinho, o resto da valsa,
para não desconcentrar os amores
e o sucesso da sua amiga Inês.
Jorge C. Chora
25/08/2022
Sem comentários:
Enviar um comentário