À noite,
já não se estranha
ver o filho da Ana,
o neto da Antónia
ou a viúva Joana
a olharem o céu:
dialogam com os parentes
que morreram sós.
Acreditam,
só poderem ser eles,
aqueles astros teimosos,
cujo brilho não adormece
e ninguém viu morrer.
E no seu desespero,
pedem desculpa
por tê-los deixado
morrer sós.
Jorge C. Chora
22/02/2021
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