Havia uma
localidade onde o padeiro conhecia todo o mundo. Ele distribuía o pão por todos
os lares, e sabia de todas as novidades, incluindo quem morrera ou estava para
entregar a alma ao Criador.
Amigo do
dono da funerária, por conveniência de ambos, tornaram-se sócios.
Com o crescimento
da terra, surgiu outra funerária, que acabou por saber da morte do Silva (Silva
Lopes), por sinal, amigo do padeiro.
Acorreu o
padeiro, ao saber deste infausto acontecimento e na mira de se antecipar aos
rivais, a casa do falecido
Entrou sem
bater à porta, percorreu os longos corredores da habitação em direção ao quarto
do falecido, quando a meio do percurso sentiu uma mão a tocar-lhe no ombro.
Virou-se rapidamente e deu com o “morto”.
Caiu
fulminado.
O seu sócio,
a quem as ligações de amizade forte o ligavam, acabou por ter uma síncope fatal
ao saber da morte do seu sócio e melhor amigo.
Aos seus
funerais, organizados pelos novos cangalheiros, compareceu também, com ar
pesaroso, o outro Silva, chamado Silva e Sousa que se julgava ter morrido e que
recuperara da enfermidade que o afligia.
Jorge C.
Chora
14/4/2023
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