Irmã isabel,
desde infância só tinha um pensamento fixo: seguir a via religiosa, tornar-se
freira.
Foi uma
estudante aplicada e nunca deixou para o dia seguinte, o que poderia fazer
nesse dia.
Seguiu
estudos superiores em vários países e até teve a oportunidade de frequentar e
terminar, os seus estudos superiores na Universidade Pontifícia de Roma.
Regressou a
Portugal já com cerca de quarenta anos. Foi por essa altura que o seu corpo,
embora tardiamente, começou a despertar.
Os seus
pensamentos deixaram de se ocupar inteiramente com a vida de Cristo, e a concentrarem-se
um pouco mais em si.
Um dia
passou pelo jardim do convento e viu o jardineiro, sem que ele a tivesse visto,
a urinar a terra em redor das roseiras. Estremeceu de prazer. Não desviou o
olhar um segundo que fosse. Todos os dias, à mesma hora, presenciava, com o
maior dos prazeres, a rega efetuada, com todas as delongas, pelo jovem
jardineiro.
A visão do
jardineiro a usar o aparelho genital, tornou-se uma obsessão.
Esperava
religiosamente pela hora. Suava com abundância, antecipando o prazer que iria
sentir.
Não dormia,
mal comia e não pensava noutro momento senão naquele.
Após muitas
orações e penitências a si impostas, a que não faltou o cilício a marcar-lhe o
belo corpo e a infligir-lhe uma dor quase insuportável, tomou a decisão que há
muito deveria ter tomado. Confessar-se o mais rapidamente possível.
A custo
confessou o enorme tormento de que padecia. Foi-lhe dada uma penitência severa:
não mais passar por aquele local pecaminoso.
Um dia não
resistiu e desobedeceu. À hora exata, escondeu-se e predispôs-se a ver o
maravilhoso espetáculo. De repente, teve de encolher-se mais, pois o padre que
lhe impusera a penitência, vinha, pé ante pé, esconder-se atrás de uma moita,
bem colada ao jardineiro e ainda por cima, dotado de uns potentes binóculos!
A partir
desse dia, passaram ambos a partilharem o mesmo posto de observação e também os
binóculos!
Passado o momento, dirigiam-se ambos para a
capela conventual, onde rezavam dois Pais Nossos e uma Ave Maria.
Jorge C.
Chora
19/10/2022
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